Cristina Barros

Tuesday, December 19, 2006

Vivo: atendimento ou desatendimento?



Ouvi um comentário na segunda(18), bem interessante enquanto aguardava atendimento na loja da Vivo. Uma senhora, indignada com a falta de respeito com que essa empresa de telefonia está tendo com seu caso, comentou: “esse sistema de atendimento deveria se chamar “sistema de não atendimento”.

A senhora em questão reclamava de um serviço que parece não ter solução, se depender do “bom atendimento que vem recebendo”. Ela já havia registrado quatro protocolos, e ido cinco vezes a loja da Vivo, e as pessoas, ditas responsáveis, nada conseguiram fazer para resolver o problema dessa cliente.

Eu estava na loja, na condição de representante deste jornal para tentar resolver o problema de troca de nossos aparelhos. Já estamos nessa peleja há quase dois meses. Solicitamos a troca de três aparelhos. Mais de um mês após a solicitação, recebemos apenas dois. Isso sem contar que houve uma série de contratempos para recebermos essas duas unidades.

Estamos até agora com uma linha desativada por falta de aparelho. O pior é que essa, é justamente a linha que mais investimos na divulgação junto às nossas fontes.

Um jornalista sem fonte é como uma empresa sem dinheiro em caixa.

Recebi da Vivo uma desculpa esfarrapada de falha no sistema, e devo aguardar mais uma semana.

O interessante caros leitores, é que essa empresa investe bastante na divulgação de sua marca em eventos festivos. Será coincidência, ou ela é realmente adepta daquela máxima filosófica de Maquiavel : ao povo pão e circo.

Um exemplo clássico deste circo oferecido ao povo é o Carnaval Fora de Época. Os organizadores do Carnaval, certamente têm a Vivo no mais alto conceito, pois é uma grande parceira. Esse é certamente o evento festivo de Rondônia em que a Vivo mais tem seu retorno comercial, pois o público não é só da capital, mas do interior e de outros estados.

Quanto será que a Vivo investe todo ano nesta festa destinada a alegrar o povo. A empresa deve achar o máximo patrocinar este circo de farra, bebedeiras, que favorece o sexo promíscuo, assaltos, enche as ruas de sujeira, e perturba os moradores do local com a poluição sonora, etc...

Mas nada disso importa! A Vivo está junto do povo, afinal. Deixando bem forte a sua mensagem subliminar! Isso sem contar que ela pode abater o investimento no Imposto de Renda, claro!

Agora quando os usuários precisam de um serviço de qualidade, quando precisam ser bem recebidos, tratados como gente ou cliente, ao invés de simples números, o retorno esperado não existe.

O atendimento recebido nas lojas da Vivo é péssimo. E no atendimento virtual? Piorou!

Quando você consegue completar uma ligação, discando todos aqueles números, o atendente muitas vezes não sabe resolver o problema.

Depois de tanto sofrimento nas tentativas de ser atendido, e do grande tempo perdido, eles ainda pedem para você não desligar e dar uma nota ao atendimento! Vê se pode. Parece que o cliente não tem nada para fazer mesmo!

A obrigação da empresa é de atender bem!

Para isso, ao invés de usar seu nome em eventos que nada têm de cultural, poderiam treinar melhor seus funcionários. Fazê-los se conscientizar que têm a obrigação de tratar bem o cliente, resolver seus problemas e não olhá-los como se fossem o cocô do cavalo do bandido. Sem falar naquele risinho irônico dado pelos funcionários, como se nada estivesse acontecendo, ao final de um atendimento.

Não é á toa que as empresas de telefonia são campeãs de reclamações no Procon. Parece que reclamar no Procon é pouco. A penalidade deveria ser maior.

E ai? Será que alguém já teve boas experiências com a Vivo. Só na hora de comprar o aparelho, aposto!

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