Cristina Barros

Wednesday, September 02, 2009

Após mais de dois anos sem escrever no meu blog pessoal, resolvi voltar e reativá-lo. O tempo estava escasso e tinha que me dividir em empresária, jornalista, mãe, mulher, amiga, etc. Não que estas atividade eu não continue desempenhando. Mas agora com meu filho na idade maravilhosa de três anos. Posso encontrar um pouco mais de tempo para escrever nesse canal.

Um novo ciclo começa, estou em novo empreendimento e vou entrar no mercado de trabalho com minha empresa que vai oferecer serviços na área de comunicação corporativa. A idéia é colocar no blog todo conhecimento que for adquirindo e aprimorando e síntese das novas idéias nessa área para tentar criar o conceito que impera nos grandes centros de assessoria de comunicação junto aos empresários e grupos formadores de opinião, ou os stakeholders conforme linguajar da comunicação.

Thursday, April 26, 2007

Socorro! As carretas estão nos imprensando

Está cada dia mais complicado para quem é obrigado a trafegar na av. Jorge Teixeira nos horários do rush, conduzir veículos das 7h às 8h30, das 12h às 14h e das 18h às 19h. Lembrem-se que a avenida, “graças” a uma solicitação do prefeito Roberto Sobrinho junto ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), passou para a esfera federal.

Sábia a atitude do prefeito que tirou da prefeitura a responsabilidade de manutenção total da via. Segundo notas da época, a prefeitura faria a manutenção “mais simples” através de parcerias com o Dnit. A prefeitura comprometeu-se ainda a estudar, junto com o órgão federal, projetos para melhorias mais profundas, com um redesenho e ampliação da via por onde trafegam diariamente carretas pesadas.

A federalização foi confirmada no início do mês de fevereiro do ano passado. Até hoje, nada foi feito, ou nenhum estudo foi divulgado para melhoria da situação da rodovia.

O problema da prefeitura foi resolvido (economia aos cofres municipais), porém agora cabe aos munícipes terem que reclamar na esfera federal questões que os incomodam todos os dias, exatamente na hora em que vão para o seu trabalho ou retornam para suas casas.

Nos dois lugares, acabam chegando estressados! Pois dividir o espaço da rodovia com centenas de carretas que passam por esta ela diariamente não é nada fácil. Devo ressaltar que muitos enfrentam essa situação até quatro vezes por dia.

Elas (as carretas), imprensam os veículos pequenos com aquela “imensidão” e suas mais de 40t, e dizem, através de suas ações: “chega pra lá que to passando!; sai da frente que eu vou passar por cima!; fica parado que eu vou passar no sinal vermelho!

Além do tempo exíguo que a maioria das pessoas tem para chegar ao seu destino (seja casa, trabalho, escola dos filhos, faculdade, etc), são obrigadas a permitir que aqueles “monstros” usem seu precioso tempo, ultrapassem e passem, tranqüilamente, embaixo do sinal vermelho.

Creio que já era tempo de a sociedade de forma organizada, porém insistente, pedir por uma ação imediata dos poderes em procurar amenizar a situação para os condutores, tanto dos veículos leves, como dos pesados, na avenida Jorge Teixeira.

Uma boa sugestão seria montar calendário de horário para que as carretas possam trafegar na via, evitando os horários de pico.

Enquanto o famoso “anel viário” não sai é preciso fazer uma “Operação Horário de Pico na avenida Jorge Teixeira”. Que tal embarcar nessa idéia senhores deputados, vereadores, prefeito, governador e superintendente do Dnit?

Monday, April 16, 2007


Um ano sem você, meu velho "João Puruca”


Parece que foi ontem... eu ainda menina andava pela rua Duque de Caxias, bem ali no cruzamento onde está a caixa d’água e o prédio da Caerd. Ele trabalhava bem em frente à Companhia de Águas, na Etesco. Era conhecido por muitos naquela época como o homem do chapéu branco (alusão ao capacete que usava na cabeça de cor branca), ou mesmo por “João Pururuca”.

Toda vez que nos via (eu as minhas duas irmãs, Eliana e Ana Cláudia), fazia questão de comprar na mercearia da esquina um “chicolate prá nós” (traduzindo: chocolate).

Eu nem gosto dessa iguaria nos dias de hoje, mas a cena que se tornou para nós (em nossa infância), tão comum, era o símbolo que selou o início de nossa amizade, companheirismo, respeito e amor!

Nem poderia imaginar naquela época que ele se tornaria companheiro de minha mãe e meu Pai!

Isso mesmo: Pai. Jamais ousaria dizer meu padrasto!

Foram mais de 20 anos juntos. Um relacionamento de pai e filha cheio de compreensão, carinho e dedicação.

Ah pai! Foram tantas as sábias palavras que você me disse e que servem para mim até hoje. Sempre me ensinou a respeitar as pessoas, a ouvir mais que falar, a primar por bons relacionamentos, a ser fiel às amizades, me cercar de pessoas boas, valorizar o trabalho, a educação, a paz e a harmonia.

Você foi meu guia. Sempre me confortou nos momentos de tristeza, tensão. Tinha a palavra certa na hora da dúvida. Me defendia, brigava pela minha liberdade e confiava em mim!

Mesmo depois que sai de casa, nossa amizade não morreu. Almoçávamos, jantávamos juntos. Sempre fizemos por onde passar os natais juntos. Você valorizava demais essas datas.

Hoje faz um ano que você se foi.

Lutou por cinco meses na cama em uma UTI, após um derrame. Eu não pude te ver, mas minha mãe e minhas irmãs, que te visitavam, diziam da sua felicidade ao ver alguém da família. Você mostrava que iria retornar para nós. Seus olhos brilhavam você gesticulava e nos passava força.

Porém chegou uma hora que você não agüentou mais lutar. Essa vida que você tanto amava tinha que ficar para trás e dar lugar a outra. Em outro lugar.

Foi num domingo de páscoa. Essa palavra que na sua origem, em hebraico, significa “passagem”. Você passou papai! Lutou o quanto pode, mas no dia da “passagem”, se deixou levar.

Seu nome e suas atividades ficaram registradas na memória daqueles que o conheceram. Um engenheiro civil, uma vez me falou que o velho “João Pururuca” era a biblioteca viva da cidade, pois trazia em sua mente toda a rede hidráulica de Porto Velho e ainda de muitos distritos e municípios do Estado. “Ele sabe tudo, onde quebrar, de onde vem, para onde vai, quantidade de rede hidráulica, é incrível”.

Os últimos 19 anos de sua vida dedicou à companhia de água de Rondônia. Tinha um verdadeiro amor pelo seu trabalho. Realizava com afinco e dedicação as atividades que a ela eram designadas.

No dia do seu enterro, os colegas fizeram questão que ele passasse naquele cruzamento, na Duque de Caxias com a João Goulart. Lá onde ainda está a velha caixa d’água. Aquele mesmo local onde nos conhecemos e que também foi palco para que ele solidificasse suas maiores amizades.

Muitos o esperavam passar, alguns abriram as janelas das salas, muitos bateram palmas. Um exemplo de homem digno. Que fez sua parte enquanto vivo.

Trabalhou, educou, amou e deixou sementes.

Sua vida, sua história é exemplo para todos nós. Viveu bem, intensamente e nunca deixou de fazer as coisas que gostava. Parabéns papai!

Eu, minha mãe, irmãs, amigos e demais parentes, todos nós lamentamos sua ida, mas continuamos sentindo sua presença ao nosso lado, nos protegendo e nos orientando, pois suas palavras ficaram vivas!



João da Silva Lopes
Nasceu em: 11/10/1938
Faleceu em: 16/04/2006

Thursday, April 05, 2007

Ovo de Páscoa - Um rito cristão que teve origem nas celebrações pagãs

Considerando essa época tão esperada pelos cristãos achei interessante a pesquisa que fiz com relação à páscoa e ao ovo de páscoa. Na comunidade católica a páscoa representa a ressureição de Cristo, já que o termo “Páscoa” (do hebraico) significa passagem e também porque a “última ceia” de Jesus Cristo, segundo os evangelhos, foi na passagem da páscoa judaíca.

A Páscoa teve origem na libertação do povo de Israel, quando estes eram escravos no Egito. No calendário judaíco essa data ficou conhecida como o Pessach (passagem).

No ano de 325, o Concílio de Nicéia estabeleceu a imagem do ovo para festejar a Páscoa. Porém esse ovo, em muitos povos era o símbolo das celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e que persistiu na idade média entre povos da Europa.

Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.

Bom, o interessante é que antes o ovo de páscoa era de galinha mesmo. Após a adoção pela igreja católica do ovo como símbolo da páscoa, as pessoas costumavam enfeitar os ovos com imagens cristãs.

Graças a descoberta do chocolate que vinha das américas, no século XVIII, confeiteiros franceses tiveram a idéia de fazer os ovos com chocolate. A partir dai, o comércio tomou conta da singela comemoração cristã.

Vale ressaltar que a imagem do coelho, vinculada a idéia de coelhinho da páscoa, é graças a sua enorme prole. Ou seja, voltamos com a imagem da deusa Ostera, que segurava um ovo e observava um coelho, que na época já era considerado símbolo da fertilidade.

Então o simples ato de darmos um ovo de páscoa como símbolo de carinho a um amigo, parente e, principalmente, satisfazer ao desejos consumistas( criados pela cultura ocidental) dos nossos filhos e demais amantes dessa iguaria, historicamente, estamos desejando a eles que tenham uma grande prole!

Então, grande prole para todos, sem ovo tá bom?

Vale a pena conferir o resultado da pesquisa que deixo para meus leitores:

A PÁSCOA

A Páscoa é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (Vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido na altura do ano em 30 ou 33 d.C. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.

Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach (passagem), data em que os judeus comemoram a a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.

A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.

A última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada, geralmente, um “seder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos atermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta festividade.

O QUE FOI A HECATOMBE DOS CORDEIROS DO PESACH

Segundo a Bíblia, Deus lançou pragas contra o Egito. Na última delas, disse que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, os de Israel deveriam imolar um cordeiro, e passar o sangue nas portas das casas e Deus passaria por elas.

O rei do Egito perdeu seu filho (primogênito) e deixou que os Israeis fossem livres e poderiam ir embora. A partir de quando eles saíram do Egito ficou essa marca registrada como a 1ª Páscoa. Outra vez foi quando Jesus se sacrificou na cruz e ressussitou. Os cristãos comemoram o dia comendo pão sem fermento e tomando vinho, pois foi isso que Jesus comeu na ``Última Ceia´´.

OVO DE PÁSCOA

O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã! Agradeça aos confeiteiros franceses o ovo que você come na Páscoa hoje ser feito de chocolate. Caso contrário, você ganharia um belíssimo ovo de galinha para celebrar a data.

A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka - em celebração à chegada da primavera.

Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.

Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.

Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.

Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa.

Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.

Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maias e Astecas. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.

*Fonte de pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Thursday, March 15, 2007

Sobre nossa cegueira urbana


No mundo de hoje, todos nós vivemos em constante tensão. A síndrome do medo está tomando conta do cidadão comum no país. Temos medo de andar nas ruas, temos medo de levar nossas crianças ao parque, de sair somente para dar uma voltinha de carro, temos medo de estar trancados em casa, de estar em locais públicos naquele tradicional bate-papo com amigos, ir aos bancos, enfim, medo geral. Quem não tem?

O pior é que muitas vezes, de tão perturbados que ficamos com o stress do nosso dia-a-dia, acabamos por não valorizar pequenas coisas da vida. Ficamos cegos! Vemos, porém não reparamos no que de melhor a vida nos proporciona.

Lembrei-me então do romance de José Saramago, “Ensaio Sobre a Cegueira”. O romance conta a história de pessoas que vivem em uma cidade e aos poucos, tal qual uma endemia, as pessoas vão ficando cegas. A cidade se transforma em um caos. No meio da rua, cruzando semáforos, realizando suas atividades comuns, todos vão cegando.

Os cegos são execrados e enviados para um tipo de asilo. Lá, ficam à mercê da própria sorte. Têm que se virar, tentar pegar sua comida, fazer suas necessidades, localizar seus parentes que também estão cegos, porém perdidos no meio de tantos, uma verdadeira calamidade: pessoas morrem de fome ou esmagadas, dormem no meio de fezes e urina, etc.

Durante todo o livro, as mensagens estão claras através da vivência de cada um que cega. Eles começam a valorizar pequenas coisas da vida que antes não viam. Valorizam a atenção, o amor do próximo, a união, a família, a divisão das coisas, pois se sentem pequenos e discriminados.

Ao final do livro um dos personagens pergunta: Porque foi que cegamos? O outro responde: Penso que não cegamos, penso que estamos cegos. Cegos que vêm, cegos que, vendo, não vêem.

A partir dai comecei a observar ao meu redor.

Apesar do pânico que ando sentindo, diante de tantas notícias trágicas todos os dias, achei importante escrever este artigo para que possamos refletir melhor. Como estamos suscetíveis a todo tipo de acontecimento (bom ou ruim para nós), precisamos a cada momento apreciar e valorizar as coisas boas que a vida nos oferece.

Olhar mais nossa família, aproveitar os bons momentos, acreditar na fidelidade e no amor, ser mais humano, gentil, companheiro e amigo. Ser pai, ser mãe. Vamos parar e pensar.

Escrevo este artigo especialmente para o meu marido e companheiro, que no dia de hoje completa mais um ano de vida; para nosso filho; minha família, colegas de trabalho e para os meus grandes amigos.

“Se podes olhar, vê. Se pode ver, repara” - Livro dos Conselhos

Friday, March 09, 2007

Pedestre, cuidado com a faixa!



Os artigos 70 e 71 do Código Nacional de Trânsito dizem:

“Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.

Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização.”

Pois bem leitores, a utilização de faixas para pedestres nas vias de nossa capital, digamos que é recente, pois não têm mais de 10 anos. Desde a adoção das faixas não me recordo de haver alguma campanha de conscientização para motoristas e pedestres.

Para o motoristas no sentido de incutir a cultura de respeitar a faixa; para os pedestres a conscientização dos seus direitos e também dos cuidados que devem ter.

Diariamente passo pela avenida Calama, nos horários de pico e observo o risco que as pessoas, principalmente as crianças que estudam na Escola 21 de Abril, correm ao tentar atravessar a via. Na esquina da Calama com a Rafael Vaz e Silva e na Abunã, logo após a Rafael Vaz e Silva, há uma faixa de pedestres para facilitar a travessias dos escolares.

Por diversas vezes presenciei a imprudência de motoristas de carros, de motos e também ciclistas que quase atropelam as crianças nas citadas faixas. Eu mesma, certa vez, ao atravessar a faixa com semáforo fechado para os veículos, em uma rua do centro da capital, quase fui atropelada por um motociclista!

Temo por aquelas crianças que atravessam, muitas vezes sozinhas a rua. Temo também porque uma vez na faixa, eles caminham tão lentamente, que ao chegar no meio da rua, um carro ao ver a pista parcialmente liberada acelera e passa, e o outro que vem ao lado, sem prestar a atenção, pode achar que a pista está totalmente liberada e pegar um pedestre bem no meio.

Acredito que falta muito trabalho de conscientização. Conscientização aos motoristas e também aos pedestres.

Os escolares devem ser orientados a prestar mais atenção ao atravessar, devem ser orientados a não andar “tão lentamente”.
Certa vez presenciei um estudante parar no meio da faixa e amarrar o cadarço do seu sapato. Um pedestre chamou sua atenção e pediu que amarrasse o cadarço fora da faixa.

Os órgãos fiscalizadores, no caso a Semtram e o Detran, devem fazer campanhas massivas na mídia para tentar conscientizar os motoristas para respeitar a faixa.

Os guardas de trânsito devem participar intensamente nessa campanha também, mas não somente se preocupar em multar, mas sim, orientar e conscientizar os motoristas (sugestão: “Pense, se fosse seu filho, o senhor ou a senhora gostaria de saber que ele corre risco diariamente?”).

Um outro fato importante, é que as faixas devem estar sempre visíveis, pois muitas, até mesmo as que estão abaixo dos semáforos, estão quase apagadas. Quem não conhece a cidade acaba passando pelas faixa sem perceber.

Enfim, muito se pode fazer para tentar amenizar esse risco constante no trânsito para os pedestres, e mais uma vez, principalmente às crianças. Imagino se eu fosse uma mãe que, impossibilitada de levar o filho à escola, confiasse na segurança que ele deveria ter. Ficaria todos os dias com “coração na mão”.

Para os interessados, segue ai algumas orientações que peguei no endereço eletrônico http://www.cobra.pages.nom.br/bmp-faixapedestres.html

ATENÇÃO!Regras importantes!

1) Familiarize-se com os locais onde existem faixas para travessia de pedestres;

2) Não dirija a mais de 60 km por hora em ruas que tenham muitas faixas para o pedestre;

3) Diminua a marcha bem antes da faixa, se for parar, com atenção no retrovisor para o carro que vem atrás;

4) Pare, se notar com antecedência um pedestre na calçada em um dos extremos da faixa em atitude indicando que pretende atravessar a via (observada a recomendação 3, acima).

5) Deixe o pisca - alerta ligado enquanto estiver parado e não movimente o carro antes que o pedestre alcance a calçada do outro lado (Estando parado você atrairá a atenção do motorista que vier na outra faixa para que também ele pare o seu veículo).”

Friday, March 02, 2007

Sobre paisagismo, buganviles e pinheiros


É impressionante a “santa ingenuidade” dos paisagistas da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Semusp). Motivo: colocar um vaso com buganvile em pleno canteiro da avenida José Vieira Caúla, zona Leste da Capital. Uma planta dessas em um vaso custa em média R$ 110,00. O resultado é que um nobre cidadão, que segundo testemunhas estava em uma Hillux, roubou os vasos com as plantas.

O problema é que isso já era previsível! Como tinha certeza que isso iria acontecer, tirei na quarta-feira (28), fotos da avenida com os vasos da bela planta. ( reparem na foto abaixo que são dois vasos)

A prova está ai, para quem não viu os vasos. Se as algumas pessoas da cidade têm costume de “levar” as mudas até de ficos que comumente são usadas nas arborizações de vias, imagine um vaso com uma planta como a buganvile.

Eu confesso que tenho a maior vontade de colocar uns buganviles na minha casa, mas ainda não pude desembolsar tal valor para poder enfeitar minha modesta morada.

Outra coisa que acho realmente impressionante é essa urbanização com palmeiras. Além de estarem fora do contexto da flora regional, o custo é altíssimo. Uma muda de palmeira gerivá (essa que está na avenida Caúla), custa em média R$ 110,00. Enquanto que uma muda de ipê custa R$ 25,00 e uma de ficos, custa R$ 10,00.

Caro secretário, estamos em Rondônia, região Norte, Amazônia, próximos a linha do Equador, clima equatorial, então para que descaracterizar a região plantando esse tipo de árvores?

Assim que os ficos foram retirados da avenida Caúla, entramos em contato com o secretário, Jair Ramires, e o mesmo informou que as árvores estavam quebrando os canteiros, invadindo os esgotos, por isso estavam sendo retiradas. Até ai, tudo bem.

O secretário informou que ali seriam plantados ipês. Legal!

O interessante foi a informação do secretário de que estava com o projeto de uma nova urbanização para a avenida Jorge Teixeira. Vai plantar “pinheiros”.

Isso mesmo leitor: pinheiros. Planta originária do hemisfério norte, que a todo custo, dada uma tradição de Natal, acaba tendo que se adaptar mundo afora. Também são plantados extensamente no hemisfério sul.

Fazendo umas digressões e conjeturas, será que o secretário está pensando lá na frente, e imagina um natal porto-velhense cheio de luzes nos pinheirinhos da Jorge Teixeira?

Necessariamente, as luzes de Natal não devem ser colocadas em pinheiros. Cada região valoriza sua vegetação na ornamentação nessa época do ano.

Uma muda de pinheiro, pequena, custa em média R$ 40,00. Só que se elas forem plantadas com esse porte, certamente vão parar nas casas de muitos cidadãos que são loucos para terem um pinheiro em casa, mas que não têm coragem de comprar nos viveiros. Terão o mesmo destino dos buganvilles da avenida Caúla.