Cristina Barros

Thursday, April 05, 2007

Ovo de Páscoa - Um rito cristão que teve origem nas celebrações pagãs

Considerando essa época tão esperada pelos cristãos achei interessante a pesquisa que fiz com relação à páscoa e ao ovo de páscoa. Na comunidade católica a páscoa representa a ressureição de Cristo, já que o termo “Páscoa” (do hebraico) significa passagem e também porque a “última ceia” de Jesus Cristo, segundo os evangelhos, foi na passagem da páscoa judaíca.

A Páscoa teve origem na libertação do povo de Israel, quando estes eram escravos no Egito. No calendário judaíco essa data ficou conhecida como o Pessach (passagem).

No ano de 325, o Concílio de Nicéia estabeleceu a imagem do ovo para festejar a Páscoa. Porém esse ovo, em muitos povos era o símbolo das celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e que persistiu na idade média entre povos da Europa.

Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.

Bom, o interessante é que antes o ovo de páscoa era de galinha mesmo. Após a adoção pela igreja católica do ovo como símbolo da páscoa, as pessoas costumavam enfeitar os ovos com imagens cristãs.

Graças a descoberta do chocolate que vinha das américas, no século XVIII, confeiteiros franceses tiveram a idéia de fazer os ovos com chocolate. A partir dai, o comércio tomou conta da singela comemoração cristã.

Vale ressaltar que a imagem do coelho, vinculada a idéia de coelhinho da páscoa, é graças a sua enorme prole. Ou seja, voltamos com a imagem da deusa Ostera, que segurava um ovo e observava um coelho, que na época já era considerado símbolo da fertilidade.

Então o simples ato de darmos um ovo de páscoa como símbolo de carinho a um amigo, parente e, principalmente, satisfazer ao desejos consumistas( criados pela cultura ocidental) dos nossos filhos e demais amantes dessa iguaria, historicamente, estamos desejando a eles que tenham uma grande prole!

Então, grande prole para todos, sem ovo tá bom?

Vale a pena conferir o resultado da pesquisa que deixo para meus leitores:

A PÁSCOA

A Páscoa é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (Vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido na altura do ano em 30 ou 33 d.C. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.

Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach (passagem), data em que os judeus comemoram a a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.

A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.

A última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada, geralmente, um “seder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos atermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta festividade.

O QUE FOI A HECATOMBE DOS CORDEIROS DO PESACH

Segundo a Bíblia, Deus lançou pragas contra o Egito. Na última delas, disse que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, os de Israel deveriam imolar um cordeiro, e passar o sangue nas portas das casas e Deus passaria por elas.

O rei do Egito perdeu seu filho (primogênito) e deixou que os Israeis fossem livres e poderiam ir embora. A partir de quando eles saíram do Egito ficou essa marca registrada como a 1ª Páscoa. Outra vez foi quando Jesus se sacrificou na cruz e ressussitou. Os cristãos comemoram o dia comendo pão sem fermento e tomando vinho, pois foi isso que Jesus comeu na ``Última Ceia´´.

OVO DE PÁSCOA

O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã! Agradeça aos confeiteiros franceses o ovo que você come na Páscoa hoje ser feito de chocolate. Caso contrário, você ganharia um belíssimo ovo de galinha para celebrar a data.

A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka - em celebração à chegada da primavera.

Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.

Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.

Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.

Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa.

Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.

Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maias e Astecas. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.

*Fonte de pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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