Cristina Barros

Thursday, December 28, 2006

AGORA A CULPA É DOS EMPRESÁRIOS


O estado está vivendo uma outra guerra de poderes. Porém agora é entre empresas privadas (Grupo Gurgacz) e Ivo Cassol, que tem ao seu lado a máquina do governo. A Eucatur se diz vítima de perseguição fiscal, pois , segundo afirma Acir Gurgacz, podem haver mais de 20 mil empresas sonegando impostos em Rondônia. O governo diz que faz seu papel e que defende apenas os direitos dos cidadãos.

Guerra esta que começou após a deflagração da Operação Garoupa, que por sinal já indiciou Expedido Junior, Val Ferreira e outros envolvidos na compra de votos. A partir daí tanto o governador como Expedito começaram a atacar com palavras o grupo Gurgacz, seu sistema de comunicação e a empresa de ônibus Eucatur, na mídia e em reuniões empresariais.

O problema é que para se defender, utilizando aqui uma figura de linguagem, Acir Gurgacz acabou falando mal do vizinho. Se a Eucatur nada deve, então se responsabilize e fale somente por ela. Agora não pode comprometer ou citar outras empresas que na hora devida de uma fiscalização, terão que se preocupar com sua situação de regularidade, nada mais e com ninguém mais.

Infelizmente, se há empresas que sonegam impostos é em face da amplamente discutida alta taxação de impostos e também da legislação trabalhista ultrapassada do nosso país.

Leve-se em conta também, a existência de alguns fiscais que já chegam achacando ou que se deixam corromper, quando de uma fiscalização. Comentários à parte, alguns fiscais com salários de funcionários públicos, mas que ostentam vida de novos ricos.

Lamento senhor Acir que diante desta guerra que está imperando novamente no nosso estado (antes era poder Executivo com Legislativo), o senhor tenha feito tal citação.


NOVOS NO PODER

Neste ano novo que se inicia devemos renovar nossas expectativas e torcer que um novo cenário dos bastidores políticos se desenrole em Rondônia. Sem aqueles velhos truques já conhecidos e amplamente divulgados em processos investigatórios. No dia 1º, Cassol toma posse, no mês seguinte, é a vez de novos e alguns experientes deputados.

O ano promete começar agitado,politicamente, para definir quem será eleito o novo presidente da Casa de Leis. Muita coisa irá acontecer nessa guerra de poder. O governo lutará por um nome aliado, a oposição tentará impor um representante.

Só como sugestão, não se esqueçam do povo. Os eleitores estão ficando mais espertos, e a tendência é a cada eleição, continuarem se fazendo de bestas para usar as provas contra vocês, políticos que costumam comprar votos.

A Polícia Federal está ai só investigando. Tem gente que vai assumir que terá muito que se explicar. Ou seja, dinheiro jogado fora. A coisa vai apertar. Quem sabe, se houver penalidades, assumam candidatos que conseguiram seu votos de forma lícita.

ORTOGRAFIA


Um certo jornal impresso com edições diárias há tempos está cometendo um erro grave ortográfico. Está acentuando uma palavra paroxítona, que não deve ser acentuada, reza o Português Instrumental. Enquete (pronunciando fonéticamente o som é o seguinte: enquéti), não deve ter acento, pois paroxítonas que terminam em “e” não são acentuadas.

Errar é humano, diz um velho ditado. Todos cometemos erros. Mas esse já vem se repetindo há muito tempo. Vamos corrigir, pois o povão lê e acaba assimilando como correto.

COSTA E SILVA


O ano termina e as promessas de resolver com urgência máxima o desabamento da rua Costa e Silva, no bairro Nacional, não se concretizaram. No dia 04 de julho o superintendente do Dnit, anunciou que as obras começariam em breve. No dia 27 de outubro, o ministro dos Transportes anunciou aos moradores do local que o processo licitatório para o início da obra seria tratado com prioridade máxima.

Até agora, a população continua sofrendo os contratempos da interdição da rua, os motoristas de carros de pequenos porte, tendo que se imprensar entre o tráfego de carretas em uma única via.

Tentei várias vezes fazer contato com o Dnit para apurar como está o processo, porém em vão! Ninguém pôde me dar informação, ou se interessou em ligar de volta para responder aos questionamentos da população.


ORÇAMENTO

Sem muita confusão, e sem muitas diligências, como aconteceu no ano passado, o Orçamento 2007 foi aprovado. Os valores foram cortados e feito somente uma reserva de contingência para o Tribunal de Justiça e Ministério Público. Isso para remanejar verbas para aplicação de obras sociais, Defensoria Pública, escolas agrícolas e outros setores da administração pública, disse o relator do orçamento.

Porém a Assembléia Legislativa não se intimidou diante de levantamento feito pelo Tribunal de Contas, que constatou irregularidades no gasto do orçamento daquela Casa com a folha de pagamento.

Em levantamento, a ALE/RO utilizou irregularmente no período de 27 meses, um valor médio anual de R$ 44.606.907,42. O TC chegou a este número em conjunto com os valores apurados pela Polícia Federal.

Como, oficialmente, a ALE/RO anunciou que havia feito recadastramento de todos os servidores comissionados e que corrigiria possíveis erros, porquê os nobres deputados insistiram em manter o valor do Orçamento do ano de 2006, já que daquele valor, até o mês de agosto de 2006 a Casa já havia utilizado 94,04% do que deveria ser gasto com pessoal?

O TC sugeriu o valor de R$ 73.642.455,48, porém a ALE aprovou o valor de R$105.568.173,00, o mesmo de 2006.

Ao cidadão comum, e eleitor cabe a pergunta: então a casa continua e continuará pagando seus fantasmas? Vamos ficar de olho.


VISUAL NOVO

A cidade está mudando! novas fachadas, cores novas, decoração arrojada e moderna. É a era do mármore e do blindex, disse meu colega de redação, Andreoli.

As avenidas Carlos Gomes e Pinheiro Machado têm sido as mais privilegiadas com esse toque moderno. Aliado a essa modernidade, é notório o aumento de construções, condomínios, novas empresas e ampliação de outras através de filiais.

Será o reflexo usinas do Madeira? Tudo indica. A cidade se prepara para receber novos moradores.

Porém, aliado a essa modernização não vi ainda novos investimentos em ampliação da rede escolar, de esgotos, asfalto decente e de saúde no município. A prefeitura tem muito que fazer para preparar a cidade para receber a multidão que virá à Capital, assim que as obras das usinas iniciarem.

Imagina a superlotação dos postos e hospitais, nossa região é endêmica para a malária, principalmente. O Cemetron certamente não dará conta de receber mais pessoas do município, e o JP II, sem comentários.

Um brinde, e um ano novo de mais conscientização e realização para todos nós, para nossa cidade e Estado.

Tuesday, December 19, 2006

Vivo: atendimento ou desatendimento?



Ouvi um comentário na segunda(18), bem interessante enquanto aguardava atendimento na loja da Vivo. Uma senhora, indignada com a falta de respeito com que essa empresa de telefonia está tendo com seu caso, comentou: “esse sistema de atendimento deveria se chamar “sistema de não atendimento”.

A senhora em questão reclamava de um serviço que parece não ter solução, se depender do “bom atendimento que vem recebendo”. Ela já havia registrado quatro protocolos, e ido cinco vezes a loja da Vivo, e as pessoas, ditas responsáveis, nada conseguiram fazer para resolver o problema dessa cliente.

Eu estava na loja, na condição de representante deste jornal para tentar resolver o problema de troca de nossos aparelhos. Já estamos nessa peleja há quase dois meses. Solicitamos a troca de três aparelhos. Mais de um mês após a solicitação, recebemos apenas dois. Isso sem contar que houve uma série de contratempos para recebermos essas duas unidades.

Estamos até agora com uma linha desativada por falta de aparelho. O pior é que essa, é justamente a linha que mais investimos na divulgação junto às nossas fontes.

Um jornalista sem fonte é como uma empresa sem dinheiro em caixa.

Recebi da Vivo uma desculpa esfarrapada de falha no sistema, e devo aguardar mais uma semana.

O interessante caros leitores, é que essa empresa investe bastante na divulgação de sua marca em eventos festivos. Será coincidência, ou ela é realmente adepta daquela máxima filosófica de Maquiavel : ao povo pão e circo.

Um exemplo clássico deste circo oferecido ao povo é o Carnaval Fora de Época. Os organizadores do Carnaval, certamente têm a Vivo no mais alto conceito, pois é uma grande parceira. Esse é certamente o evento festivo de Rondônia em que a Vivo mais tem seu retorno comercial, pois o público não é só da capital, mas do interior e de outros estados.

Quanto será que a Vivo investe todo ano nesta festa destinada a alegrar o povo. A empresa deve achar o máximo patrocinar este circo de farra, bebedeiras, que favorece o sexo promíscuo, assaltos, enche as ruas de sujeira, e perturba os moradores do local com a poluição sonora, etc...

Mas nada disso importa! A Vivo está junto do povo, afinal. Deixando bem forte a sua mensagem subliminar! Isso sem contar que ela pode abater o investimento no Imposto de Renda, claro!

Agora quando os usuários precisam de um serviço de qualidade, quando precisam ser bem recebidos, tratados como gente ou cliente, ao invés de simples números, o retorno esperado não existe.

O atendimento recebido nas lojas da Vivo é péssimo. E no atendimento virtual? Piorou!

Quando você consegue completar uma ligação, discando todos aqueles números, o atendente muitas vezes não sabe resolver o problema.

Depois de tanto sofrimento nas tentativas de ser atendido, e do grande tempo perdido, eles ainda pedem para você não desligar e dar uma nota ao atendimento! Vê se pode. Parece que o cliente não tem nada para fazer mesmo!

A obrigação da empresa é de atender bem!

Para isso, ao invés de usar seu nome em eventos que nada têm de cultural, poderiam treinar melhor seus funcionários. Fazê-los se conscientizar que têm a obrigação de tratar bem o cliente, resolver seus problemas e não olhá-los como se fossem o cocô do cavalo do bandido. Sem falar naquele risinho irônico dado pelos funcionários, como se nada estivesse acontecendo, ao final de um atendimento.

Não é á toa que as empresas de telefonia são campeãs de reclamações no Procon. Parece que reclamar no Procon é pouco. A penalidade deveria ser maior.

E ai? Será que alguém já teve boas experiências com a Vivo. Só na hora de comprar o aparelho, aposto!

Friday, December 15, 2006

Cadê a defesa dos direitos humanos?

Foi preciso acontecer dois incidentes com arma de fogo nas escolas para que a Secretaria de Estado da Educação, Secretaria Municipal de Educação, diretores de escola e os órgãos fiscalizadores organizassem uma reunião para discutir o que fazer, a fim de garantir segurança para as crianças e adolescentes nas escolas.

Se o acidente tivesse acontecido com o filho de uma autoridade, em escola pública ou privada, certamente as providências teriam sido tomadas no dia seguinte à primeira tragédia, que culminou com a morte de um adolescente.

Para nossa infelicidade, no nosso país as coisas só funcionam assim. Pobre não tem vez. Só na hora de ir pra cadeia.

Cadê o Ministério Público? Cadê a Ordem dos Advogados do Brasil? Cadê a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos (que só vejo aparecer quando acontecem rebeliões em presídios). O uso indevido de armas nas escolas também deve estar na pauta dos representantes da Comissão de Direitos Humanos. O nome já diz tudo: DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS.

Infelizmente a reunião que aconteceu dia 14, apenas apresentou ao secretário de estado da educação SUGESTÕES que serão analisadas (segundo o mesmo a curto prazo). No meu ponto de vista, de nada adiantou. Acredito que isso vai acabar no esquecimento.

O mais cômico foi a sugestão de colocar policiais na porta das escolas! Se isso vier a acontecer será um mero paliativo, pois, se falta efetivo nas ruas, imagine para manter dois policiais na porta de cada escola, nos três turnos de aula.

Creio que uma ação realmente emergencial seria a contratação de seguranças particulares para as escolas e a instalação de uma central para denúncias anônimas. Além dessas medidas emergenciais deve-se reforçar a orientação e acompanhamento periódico de psicólogos para os alunos e pais; cobrança da direção da escola para que estes se integrem mais no ambiente escolar.

A prevenção é a melhor alternativa. Que tranqüilidade pode ter uma pai que acha que seu filho está seguro na escola? No memomento, nenhuma!